Este tipo de projeto visa a comprovação da viabilidade técnica da abertura de um novo canal em uma determinada localidade. Ele deve ser realizado por um engenheiro habilitado que irá verificar se este novo canal não irá interferir nos canais já existentes da região e vice-versa. A maneira mais fácil e mais barata de efetuar este tipo de projeto é limitando a potência da emissora em certas direções onde haja possibilidade de interferência. Trata-se de um projeto que não necessita de muito empenho técnico e que, de outro lado, não gera um bom desempenho à emissora por limitar sua cobertura em certos trechos. Veja a figura abaixo e entenda melhor a diferença:

Grafico

A figura em vermelho representa a cobertura limitada do contorno protegido de uma emissora real de FM, classe especial. Neste caso, a cobertura da emissora foi limitada para evitar causar interferências em outros canais. Porém, se o projeto fosse realizado com um estudo técnico mais elaborado, a cobertura da emissora poderia ser sem limitações, representada na figura pelo círculo de cor amarela. Pode parecer pouco, mas a cobertura real (vermelho) da emissora é de aproximadamente 5.800 km² enquanto que, com a cobertura total (amarela), a área abrangida seria de mais de 8.800 km². Imagine, por exemplo, a quantidade de ouvintes ou telespectadores que deixariam de ser atendidos pela sua emissora nessa área de 3.000 km² em uma região metropolitana como São Paulo.

Os engenheiros da A ROSA DOS REIS possuem o conhecimento necessário para que a sua emissora tenha a cobertura total da região de interesse, mesmo nos casos de maior dificuldade. Consulte-nos.

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Após sete anos, já que o último edital aberto foi ainda na gestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso, no ano de 2002; o Ministério das Comunicações volta a abrir edital de licitação pública para exploração de serviços de radiodifusão sonora (frequencia modulada e ondas médias) e de sons e imagens (televisão).

No período de 2002 a 2009 o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, privilegiou o serviço de rádio comunitária, que não passa por uma concorrência pública, nos moldes das que passam as emissoras comerciais. Nos últimos sete anos foram autorizadas 2093 novas emissoras de rádio comunitária, passando de 1625 para 3718, ou seja, um incremento de 128,8%.

É bem verdade que em 1° de outubro de 2007, o Ministério das Comunicações publicou no Diário Oficial da União os primeiros editais do Governo Lula, de n°s 01 a 14/2007, mas em dezembro de 2007, foi obrigado a suspender esses editais por determinação do Tribunal de Contas da União, uma vez que na publicação dos mesmos, não foram observadas os pré-requisitos legais vigentes expedidos por esse Tribunal.

Dos quatorze editais suspensos, foram republicados em fevereiro de 2009, apenas quatro, todos para o serviço de televisão, nas localidades de Araquari/MG, Nova Esperança/PR, Camaquã e Jaguarão/RS, tendo finalizada a data da entrega dos documentos da concorrência, analisada a primeira fase (habilitação) e já sido declarados os participantes habilitados, num prazo inédito, haja vista que os editais de 1997 a 2002 demoraram meses até que fossem declarados os habilitados e nos editais atuais, desde a data marcada para a entrega da documentação até a publicação dos habilitados, levou em média sete dias.

Se as demais fases seguiram a mesma rapidez, poderemos ainda no ano de 2009, conhecermos os vencedores dos primeiros editais de concorrência pública para emissoras de radiodifusão abertos no Governo Lula.

Dado o primeiro passo na abertura desse tipo de edital, o Governo atual vai além e publica no diário oficial da união, de 27 de abril de 2009, a Portaria do Ministro de Estado das Comunicações, de n° 186, que autoriza a abertura de novos editais de licitação para novas emissoras de radiodifusão comercial, contemplando agora dezoito Estados da Federação, num total de 55 (cinquenta e cinco) emissoras de rádio FM e oito Estados com nove emissoras de televisão.

A confirmação de abertura desses editais aguarda a necessária aprovação prévia do Tribunal de Contas da União.

Enquanto esta reportagem estava sendo elaborada, o governo publicou no diário oficial da união de 12 de maio de 2009, mais um aviso de habilitação para interessados na exploração do serviço de rádio comunitária, contemplando todos os Estados da Federação, num total de 463 novas emissoras de rádios comunitárias.

As primeiras transmissões de som por ondas de rádio ocorreram no final do século XIX ao longo do mundo. No Brasil a história se repete. Mais precisamente em Porto Alegre, Pe. Roberto Landell de Moura foi o responsável por realizar as primeiras transmissões.

Em 7 de setembro de 1922 foi realizada a primeira transmissão oficial, na cidade do Rio de Janeiro, pelo então presidente Epitácio Pessoa. Era o começo da primeira estação de rádio no Brasil: Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Fundada por Edgar Roquette-Pinto, a emissora foi doada ao governo em 1936 e existe até hoje, com o nome de Rádio MEC, transmitindo por ondas médias em 800kHz e por frequência modulada em 98,9 MHz.

Fundamentais à sociedade brasileira as rádios de onda média surgiram em meados do século XX, cobrindo praticamente 100% do território nacional e foram responsáveis por propagar times cariocas e paulistas de futebol por todo o Brasil, dentre elas: Rádio Nacional do Rio de Janeiro e a Rádio Record. A era de ouro do rádio brasileiro aconteceu no começo da década de 40 com a popularização das emissoras. Com elas, surgiram as radionovelas e o rádiojornalismo, o qual transmitia informações a Guerra que acontecia e começava a criar a linguagem característica do rádio.

Em 1948, um novo plano de distribuição de faixas de frequência foi discutido para a Europa. Devido a recente guerra, a Alemanha (não reconhecida como estado neste momento) recebeu apenas algumas freqüências em ondas médias, as quais não eram ideais à radiodifusão. Por essa razão começou a transmitir em UKW (Ultrakurzwelle em alemão: ondas ultra curtas, hoje conhecida como VHF). Esta não era coberta no plano europeu e posteriores estudos deram origem às transmissões em frequência modulada.

A partir de então, a transmissão em FM e sua incomparável qualidade de som, foi transmitida por diversos países em todo o mundo, os quais adotaram diferentes planos de distribuição de faixas de freqüência. No Brasil, entretanto, a primeira emissora FM surgiu em 1955 - Rádio Imprensa do Rio de Janeiro - cinco anos após a estréia da TV Tupi a primeira emissora de Televisão brasileira.

Nos 50 anos subsequentes, a maneira de transmitir informações aos telespectadores e ouvintes passou por algumas mudanças significativas, dentre elas: a chegada do sistema de TV em cores e a implantação dos sistemas de TV a cabo. Porém, a grande revolução se deu com a chegada da Internet, na década de 90, tornando disponível o acesso de emissoras de rádio e TV do mundo inteiro através da tecnologia streaming, que disponibilizou o sinal das emissoras na internet, contribuindo para a disseminação da informação em tempo real, na tela do computador.

Hoje no Brasil existem mais de 60 milhões de televisores e cerca de 200 milhões de receptores de rádio e com a chegada da TV digital, uma nova era surge na história da radiodifusão brasileira. A convergência de tecnologias exige cada vez mais da capacidade de adaptação dos telespectadores e principalmente das emissoras, oferecendo não só a possibilidade de assistir TV no celular ou num receptor móvel como permitir ao usuário interagir com programação.

Bem como a mudança que ocorre na TV, temos acompanhado também as transformações no rádio, o qual tem sido objeto de testes de tecnologias digitais, mexendo com a imaginação dos ouvintes e saudosos radialistas, os quais acompanham a evolução do rádio ao longo dos últimos 70 anos.

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